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domingo, 17 de abril de 2011

A revolta dos ajudantes de Papai Noel-inacabado

Dezembro, mês do Natal. No Pólo Norte, mais precisamente nas propriedades do poderoso Papai Noel trabalha-se intensamente na produção de presentes que serão comercializados nas lojas do mundo inteiro. Embora exista o mito de que Papai Noel seja um filantropo, na realidade o bom velhinho não passa de uma engrenagem do sistema capitalista.
O período natalino é a época de ouro do consumo. O sentido religioso da festividade está praticamente esquecido. Sai o Menino Jesus, venera-se Santa Claus. A publicidade propaga o consumismo e os pais atacam as lojas. Para que este roteiro não falhe, é imprescindível que as casas comerciais estejam devidamente abastecidas de produtos. E é para que a comédia natalina não saia de cartaz que trabalham os duendes, os ajudantes de Papai Noel, sem renumeração, sem férias, sem convênio médico, sem vale alimentação e outros benefícios trabalhistas.
O estágio atual da nossa civilização repudia o trabalho escravo. Entretanto, na temível e gigantesca fábrica do Papai Noel milhares e milhares de duendes trabalham incessantemente na produção de brinquedos, aparelhos eletrônicos e outras quinquilharias que funcionarão como presentes natalinos pelo mundo todo. Os cidadãos, confortáveis em suas residências, nem desconfiam das condições desumanas de trabalho a que os inocentes estão submetidos.
Papai Noel, ardiloso negociador, obteve junto à Organização Mundial do Comércio direito de exclusividade no abastecimento de produtos para o Natal. O que significa muito dinheiro para o bom velhinho e muita opressão para os dóceis duendes.A mão de obra não renumerada dos ajudantes de Papai Noel garante uma ótima margem de lucros

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