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domingo, 3 de abril de 2011

Davi e Golias

Filisteus guerreavam com os hebreus, o povo escolhido por Deus. Em um intervalo da contenda, o terrível gigante Golias se levanta e desafia os soldados hebreus, dizendo que duelaria com qualquer guerreiro adversário e que quem saísse vitorioso traria a vitória ao seu povo.

Nenhum hebreu se atreveu a aceitar o tremendo desafio. Houve um silêncio constrangedor e quando tudo parecia encerrado, com Golias sentindo-se vencedor, um jovenzinho chamado Davi,  se ergue nas fileiras hebréias, assegurando que enfrentaria o colossal inimigo. Tal decisão provocou espetacular consternação no exército judaico, pois todos temiam  pela vida do frágil rapaz.

Muitos tentaram demovê-lo da temerária decisão, porém o rapaz se manteve irredutível,afirmando que confiava no Senhor dos Exércitos e que gostaria de ter pelo menos uma hora de solidão para poder invocar a proteção divina, condição aceita pelo formidável Golias.

Em paz, em silêncio, o rapaz orava, buscando orientação e auxílio do Ser Superior. Entretanto, Deus aparentemente não parecia interessado em guerras sanguinárias dos humanos, uma vez que não se manifestava para o jovem duelista. O moço resolveu deixar a interação com o Sagrado para mais tarde, pois o seu prazo já deveria estar findando e era imperativo tentar matar o inimigo.

Davi achou que era necessário utilizar uma arma na peleja, mas como não possuía nenhuma, decidiu levar uma atiradora de pedras. Porém quando estava se encaminhando para o centro da batalha, ocorreu o encontro que mudou a sua vida e a história da humanidade...

Davi encontrou o Patrocinador. E o Patrocinador disse que vinha a mando de uma nação que tinha muito apreço pelos hebreus e que estava ali para ajudar o povo judeu a vencer aquela batalha. E o Patrocinador disse mais: que aquela pequena atiradora de pedras não era uma boa arma, que Davi deveria usar o que há de mais avançado e devastador em tecnologia bélica, e que não era preciso ter nenhuma preocupação, porque ele, o Patrocinador, provindeciaria tudo, ou melhor, destruiria tudo.

E assim se fez o primeiro dia da terrível carnificina. O Patrocinador mandou vir tanques de guerra, aviões com mísseis explosivos, bombas h,j,k,l e metralhadoras que chovem balas mortais ,que ao lado das tropas do povo de Davi, dizimaram todos  os soldados filisteus, armados apenas  com primitivos e frágeis arcos atiradores de flechas.

Mas o exército trazido pelo Patrocinador, não se contentou com vitória militar e resolveu atacar a população civil da Filistéia. O que significa bombas, tiros, morte e medo desabando sobre crianças, mulheres e velhos que mal tinham o que comer.
(História inspirada em um  texto do blog de José Saramago.)

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